Mais dados mais saúde
Experiência de discriminação
cotidiana pela população brasileira
Pela primeira vez uma pesquisa nacional mapeou a frequência com que brasileiros se sentem discriminados em atividades do dia a dia e quais são as razões atribuídas a essas situações de discriminação. A partir da aplicação da Escala de Discriminação Cotidiana, a pesquisa levantou dados sobre as experiências de discriminação em diferentes situações do dia a dia e evidenciou que raça é o principal fator de discriminação no país. Evidências têm identificado a experiência de discriminação associada à pior saúde física e mental em diversos contextos e, por isso, é fundamental que esse fenômeno seja avaliado de maneira sistemática e rigorosa, capazes subsidiar políticas públicas eficazes.
Dados da pesquisa para download

Abaixo, clique nos botões para fazer download do relatório completo, dos microdados e do questionário.

Microdados Questionário Relatório
Nota Importante | Como interpretar os dados?

Ao interpretar os dados, é importante ter em mente que nem toda aparente diferença ao comparar dois pontos deverá ser realmente considerada. Ainda que números absolutos possam indicar diferenças de percentual entre um grupo e outro, essa diferença deve ser avaliada conjuntamente com o intervalo de confiança.

O que é intervalo de confiança?

O Mais Dados Mais Saúde é realizado com uma amostra e as pessoas entrevistadas pelo inquérito representam a população total brasileira. Como em todo estudo amostral, é preciso considerar um nível variabilidade, ou seja, uma margem de incerteza da estimativa. Esse é o intervalo de confiança, que considera um acerto de 95% sobre cada estimativa. Ao comparar dois grupos, só se pode considerar que há diferença entre um e outro quando os intervalos de confiança não se sobrepõem.

Exemplo de como interpretar:
  • Vamos interpretar o indicador “precisou de ajuda mas não buscou atendimento”, com desagregação por “usa o SUS” e “não usa o SUS”;
  • Entre os não usuários do SUS, 56,2% responderam sim. O intervalo de confiança foi estimado entre 42,4% e 70%, o que quer dizer que há 95% de confiança de que a estimativa real se encontra dentro desse intervalo;
  • Já entre os usuários, 63% disseram sim, com intervalo de confiança que vai de 52,3% a 73,8%;
  • Analisando apenas as estimativas pontuais, a percepção é de que não usuários do SUS buscaram menos ajuda ao buscar atendimento, com “sim” tendo sido respondido por 56,2% deles e por 63% dos usuários do SUS.
  • No entanto, não se pode afirmar que há diferença entre os dois grupos, uma vez que os intervalos de confiança do primeiro e do segundo grupo se sobrepõem (a porcentagem 70% se encaixa dentro dos 52,3% a 73,8%).